Hígor Mejïa
Para conservar:
Embora haja momentos em que penso que essa ação é meramente uma forma de evidenciar o meu interesse, o meu bem querer por esses indivíduos – mesmo querendo que sejam para sempre e sabendo que podem bem, não ser. Em outros momentos penso que o que esses “escolhidos” – mesmo sendo inquestionavelmente bem quistos – suas vontades, pensares, achares, quereres, indiferem na minha vontade de conservá-los.
Como o caso de um desses bens, não suportando nem a idéia de sufocamento e se sujeitando a passarem por isso (ação de conservar os bens- presentes), por mim.
Provas de amores / bem quereres / recíprocos.
Enquanto eu registro minha atenção e intenção em conservar aquela “relação”, aquele ser, aquela idéia, amor, real ou virtual. Esse ou esses ou outros lados da relação / ação / performance / provas de bem querer... Também de certa forma me honram, com suas permissões, concordâncias e disposição.
Relações complexas, formas de amores questionáveis – verídicas, pertinentes, fingidas e platônicas.
Vidas contemporâneas e relações inter-relacionadas que se interferem por um tempo, mas que geralmente deixam marcas eternas... Mesmo que de sua degeneração / degradação / morte e presença.
Relações de Plástico.
Vida virtual.
Amores Efêmeros.
Presença deteriorável.
Morte do intenso
MOMENTÂNEO Registrado p/ SEMPRE.
16-07-09
"PRA CONSERVAR MEUS BENS – PRESENTE”
Ação, expectativas e idéias desconexas e declaradamente imprecisas. Símbolos; multiplicidade; “ambigüidades”. O que é, pode não ser mais, ou somente deixar de ser. E o deixar de ser, talvez seja o que mais me atormenta (incomoda / aflige).
Multiplicidade – as múltiplas possibilidades simbólicas:
· De conservar;
· Do que são meus bens;
· Do que é, ou pode ser presente.
Proteger meus bens, conservando-os presentes. {porque tudo pode ser tudo, nada}
Ilusão de “protecionamente”, impossível quanto à eternização (ao eternisácio).
Ciência da inverdade, ficção, virtualidade; de ações, propósitos e fins.
O que restará?
O plástico – eternizante – e o vídeo (como registro [troféu] de um *tempo)
08-06-09
“Te gosto* e te quero seguro, mas tu és carne. E o que disso eu tanto aprecio?Tua estrutura não é eterna, meu amor: já não sei.Tua carcaça deteriora, meu carinho: quero salvá-lo. De que? Talvez das tantas possibilidades de destruição possíveis, e registrar, quiçá, apenas essa tentativa.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário