
ANA
H i g o r M e j ï a
Nesta instalação, Hígor constrói um objeto-representação a partir da camisola “herDADA” de sua avó, Ana. A camisola está delicadamente disposta e pendurada em um cabide, porém dentro de um estrado-caixa empacotado por filme transparente. Uma estrutura que envolve a camisola formando uma espécie de armadura, armário, caixote. Sobre esta estrutura, Hígor envolve camadas e camadas de plástico-filme, deixando à mostra mas, ao mesmo tempo, criando uma veladura, um invólucro que nos permite ver de forma indireta, com camadas transparentes que a isolam de qualquer contato direto. À mostra, mas totalmente plastificada, acondicionada. Sua tentativa parece se localizar na busca por guardar, tentar eternizar os significados desta camisola como um presente para o público e para sua avó. Uma forma de eternizar, ainda que seja em vão já que o eterno é impossível. Estaria Mejïa nos levando a pensar em nossas condições contemporâneas? Dos registros excessivos e objetos guardados como tentativas de preservar uma memória, ao mesmo tempo que somos impelidos aos imediatos esquecimentos por estas avalanches de informações a que somos submetidos? Do excesso de exposição e, ao mesmo tempo, grande isolamento que nos encontramos? Destas memórias impalpáveis que queremos a todo custo reter para trazer algum tipo de significado a nossa existência?
Fernanda Magalhães
H i g o r M e j ï a
Nesta instalação, Hígor constrói um objeto-representação a partir da camisola “herDADA” de sua avó, Ana. A camisola está delicadamente disposta e pendurada em um cabide, porém dentro de um estrado-caixa empacotado por filme transparente. Uma estrutura que envolve a camisola formando uma espécie de armadura, armário, caixote. Sobre esta estrutura, Hígor envolve camadas e camadas de plástico-filme, deixando à mostra mas, ao mesmo tempo, criando uma veladura, um invólucro que nos permite ver de forma indireta, com camadas transparentes que a isolam de qualquer contato direto. À mostra, mas totalmente plastificada, acondicionada. Sua tentativa parece se localizar na busca por guardar, tentar eternizar os significados desta camisola como um presente para o público e para sua avó. Uma forma de eternizar, ainda que seja em vão já que o eterno é impossível. Estaria Mejïa nos levando a pensar em nossas condições contemporâneas? Dos registros excessivos e objetos guardados como tentativas de preservar uma memória, ao mesmo tempo que somos impelidos aos imediatos esquecimentos por estas avalanches de informações a que somos submetidos? Do excesso de exposição e, ao mesmo tempo, grande isolamento que nos encontramos? Destas memórias impalpáveis que queremos a todo custo reter para trazer algum tipo de significado a nossa existência?
Fernanda Magalhães
obs: a colocação "herDADA" é por minha conta
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